The Woman He Loved Before - Dorothy Koomson 4,5 starscomo visto aqui Libby e Jack são um casal que tem tudo para ser feliz. Mas este casamento tem uma sombra, que impede que haja um verdadeiro compromisso pela parte de Jack. A sua primeira mulher, Eve, morreu de uma forma algo suspeita e Jack ainda não conseguiu superar a perda do seu primeiro amor, apesar de estar convencido disso.Libby sabe disso e até certo ponto compreende, mas começa a ficar cansada da sombra e da tensão que Eve traz à relação que tem com Jack. Até que esta começa a duvidar dos sentimentos do seu marido. Será que ele alguma vez a amou, de verdade? Ou só casou com ela para não estar sozinho, para poder de alguma forma, tentar encontrar uma substituta de Eve?O casamento de Libby e Jack não está nos seus melhores dias quando os dois se vêm envolvidos num acidente rodoviário. Libby acaba por sofrer imensos ferimentos graves e as cicatrizes ficarão lá para o resto da sua vida para a recordar deste episódio. Mas este acidente também a fez perceber que o seu marido Jack está, mais que nunca, a reviver e a relembrar os seus tempos com Eve. Libby vai, conforme tenta ultrapassar o trauma psicológico e físico, perceber porque é que o seu marido ainda não conseguiu superar a perda da sua primeira mulher. E vai descobrir alguns segredos que não irão ser fáceis de suportar...E com este livro, ponho as minhas leituras de Dorothy Koomson em dia. Já li todos os livros que foram publicados em Portugal e espero com ansiedade a publicação do último livro que ela lançou. A esta altura do campeonato, já está bem claro na minha mente que Dorothy se tornou uma autora obrigatória. Hei-de ler todos os livros que ela lançar. Pelo menos, assim será até ao dia em que ela me desiludir. (Espero sinceramente que isso nunca aconteça). De alguma forma, já olho para os livros dela como viagens emocionais a vários níveis. Serão sempre livros que me manterão indecisa quanto ao que sentir, até à última linha que ler. Ficarei sempre entre o ansiar por mais e o receio de ler mais, sob pena de ficar desiludida com o que as futuras linhas me poderão trazer. Contudo, acabo sempre por sobreviver a estas viagens. E chego sempre ao final como uma pessoa diferente, que ganhou alguma coisa com estes livros, com estas leituras. São leituras que apesar de me darem prazer, me mostram como poderemos ser melhores seres-humanos. Basta tentarmos. Eu sei que provavelmente não tentamos o suficiente. Ou a maior parte das vezes nem achamos haver motivos suficientes por aí que nos façam querer ser melhores, mais humanos, mais algo. Mas quando chego ao final destes livros, tenho sempre a vontade de tentar, pelo menos. Dorothy mostra-nos sempre o melhor e o pior lado da natureza humana. E adoro isso nela. A forma como nos repugna com a crueldade que pode existir no ser-humano, mas como ainda nos deixa com fé, como nos faz acreditar que também temos algo bom e que podemos cultivar esse lado. Todos os seus livros são intensos. Todos eles me tocam, embora de maneiras diferentes. E talvez seja por isso que é tão difícil escolher, dentro de todos, um que se destaque como sendo o meu preferido. Porque Dorothy é uma escritora de mão cheia, com um talento incrível para criar personagens humanas, reais. Que, nós como leitores, somos capazes de odiar, mas também de amar. Todos os livros têm neste momento, um pouco do meu coração. Pegando numa história simples, que têm tudo de quotidiano e de normal, somos capazes de retirar muita riqueza. E os enredos da Dorothy têm sempre essa qualidade. São coisas que poderiam acontecer a qualquer de nós, embora gostemos de pensar que não e, de alguma forma, a autora dá-lhe sempre uma aura de intensidade como ainda não encontrei em outro autor, dentro deste género literário. Podem não ser os romances mais perfeitos, mas são os mais reais e talvez aqueles que mais merecem um final (ou não) feliz. Porque são verdadeiros. E são relatos com os quais podemos aprender qualquer coisa.Adorei. Acho que o Jack e a Libby tornaram-se personagens que quero manter em mente durante algo tempo. Gostei muito da história deles e acho que ambos me mostraram o que é o amor e como lutar por esse sentimento, quando estamos na mó de baixo.