Originalmente visto aqui Rose Hathaway e Lissa Dragomir são melhores amigas e Rosa é a guardiã de Lissa. Os guardiões são chamados dhampir, metade humanos e metade vampiros. São os guarda-costas dos Moroi, raça de vampiros que têm uma ligação íntima com magia. Respeitam os seus poderes e levam uma existência de harmonia com a Terra. As doze famílias reais dos Moroi são aqueles que poderão num futuro próximo ser o próximo líder da raça e por isso, a política é muito importante. Lissa é a única sobrevivente da família real Dragomir e por isso, a pressão está sempre presente no seu dia-a-dia. Muito mais agora que ela e Rosa descobrem que Lissa tem poderes únicos e algo perigosos para a sua própria existência. Por isso, acabam por fugir da escola privada que frequentam - Academia de São Vladimir. Contudo, dois anos depois desta fuga, são apanhadas pelos guardiões da Academia e Rose acaba por ter que recuperar o tempo perdido com mais aulas e mais treinos, se quiser tornar-se guardiã oficial de Lissa. O seu mentor é Dimitri, um dhampir russo de 24 anos, que é irresistível em todas as frentes. Entre os dois, começa a nascer uma atracção inegável, mas além dos sete anos que os separam - que é um obstáculo para uma possível relação entre eles - o dever tem de ser a única prioridade dos dois. E essa prioridade chama-se Lissa, que anda a ser perseguida por alguém que quer controlar os seus poderes únicos. Serão os Strigoi, os vampiros imortais que querem acabar com a existência dos vampiros Moroi?Esta série - Academia dos Vampiros - da Richelle Mead sempre me suscitou alguma curiosidade. No entanto, quando a moda dos vampiros se tornou incomportável, deixei de ter vontade de ler estes livros. E por isso, este livro esteve quase um ano à espera para ser lido. Finalmente voltei a ter vontade de lhe pegar e escolhi estrear-me com esta autora, entrando neste novo mundo com algumas expectativas. Apesar das expectativas, bem lá no fundo, não sabia o que esperar. Como se sabe, eu não sou propriamente fã do género young-adult, mas tenho que reconhecer que já tive imensas e boas surpresas. Existem aqueles livros que não são nada de especial e que se tornam chatos por terem todos aqueles dramas intermináveis adolescentes e triângulos amorosos que são escritos de maneira pouco inventiva ou mesmo cativante. Mas como já tinha visto boas opiniões a este livro tive alguma esperança que este se revelasse ser um bom livro dentro deste género. E sinceramente, gostei bastante da estreia. Surpreendeu-me bastante pela positiva.A escrita da autora é muito boa. Embora as primeiras 100 páginas da narrativa tenham evoluído de forma um pouco lenta e vagarosa, o resto do livro leu-se num instante. Como digo, a escrita de Richelle Mead é cativante e fácil de seguir. O enredo do livro até é algo original, tendo em conta que vampiros é uma temática já muito batida. Gostei sinceramente do mundo que ela criou e conseguiu de facto agarrar o meu interesse. Ao início, como acontece em qualquer início de série, fiquei um pouco confusa com as particularidades de cada espécie (Moroi, Strigoi e Dhampir) mas rapidamente se apanha o jeito da coisa. Este livro também tem uma ponta de mistério e esse revelou ser mais um factor positivo para que a leitura deste livro fosse uma agradável. E confesso que fui surpreendida com o vilão. Apesar de agora parecer algo óbvio, na altura em que estava a ler o livro e a acompanhar a história, não desconfiei que o vilão fosse quem se revelou ser. Além disso, os personagens não são o típico young-adult (ou pelo menos o típico que eu não gosto nestes livros). Rosa é daquelas personagens que ainda hesita em algumas coisas, mas que é uma pessoa muito mexida, determinada e tem um carácter único. Tem sempre uma resposta na ponta da língua e apesar de ela ter tido algumas atitudes durante o livro com as quais não concordo, posso dizer que foi uma personagem que me surpreendeu. Já o Dimitri não é o típico herói deste tipo de livros. Para já é bem mais velho que a Rose e logo por aí, é algo que o distingue neste mundo young-adult. É uma personagem muito forte, igualmente determinada e é daqueles bad-boys a que ninguém consegue resistir. Tem um sentido de moral muito claro e é um profissional nato naquilo que faz. Confesso que estou ansiosa para o conhecer melhor. E podia dizer bem de todos os outros personagens (de importância) que apareceram neste livro. O conjunto de personagens deste livro admirou-me pela sua construção, pelas suas personalidades e por serem tão realistas, apesar de não estarmos a falar de meros humanos. Com isto, posso dizer que é um livro de leitura muito fácil que consegue agarrar a atenção do leitor com muita facilidade. A entrada para este mundo faz-se de uma forma algo subtil, mas ao chegar ao final deste primeiro volume, sente-se a necessidade de continuar. Para saber mais, para viver mais. E é por isso que passei instantaneamente para a leitura do segundo livro da série. Espero que seja uma surpresa tão boa quanto este livro foi.Este Academia de Vampiros marcou uma estreia óptima para a autora Richelle Mead.