Outlander - A Libélula Presa no Âmbar  - Diana Gabaldon, Filipa Aguiar, Rui Augusto Originalmente visto aqui Claire Randall esteve desaparecida durante alguns anos, até que o seu marido, Frank Randall, quase perdeu a esperança de a reencontrar. Contudo, Claire reapareceu no mesmo sítio onde havia originalmente desaparecido. Quando a encontraram, demonstrava estar algo confusa e como se estivesse em estado de choque. Mas rapidamente se descobriu que além disto tudo, também estava grávida de uma menina. A menina foi criada como sendo uma Randall toda a sua vida, mas quando Frank morre, deixando Claire viúva, esta decide contar à sua filha a verdade sobre quem é o seu pai. Para isso, viaja com ela para a Escócia nas Terras Altas e prepara-se para relatar as suas viagens ao passado, aos tempos em que viajou de forma misteriosa para o século XVIII e se integrou na corte francesa com o seu amante escocês, Jamie Fraser, um escocês que tem muitas aventuras e experiências para contar. Este é o segundo volume da série Outlander da autora Diana Gabaldon que leio. O primeiro causou-me uma impressão muito positiva e finalmente ganhei coragem para pegar neste segundo volume, que tem cerca de 1000 páginas. As expectativas eram algo elevadas devido à primeira impressão que tive desta autora. Tenho que referir (como já o fiz em tantas outras vezes aqui no blogue) que tenho sempre algum receio destes livros demasiado extensos, pois podem tornar-se algo redundantes e podem igualmente trazer muita informação que não traz nada de novo ao enredo e andam ali a engonhar sem andar para a frente. Contudo, este livro mostrou ser algo completamente diferente, à semelhança do livro anterior. A escrita da autora é incrivelmente fluída para quem escreve livros tão extensos. O leitor mal dá pela passagem das páginas e rapidamente entra no ritmo da narrativa e mergulha na história de uma forma muito natural. O leque de personagens que a autora nos dá a conhecer é vasto e do mais variado possível, sem nunca se tornar aborrecido ou confuso, no entanto. Os protagonistas, Jamie e Claire, são um casal incrivelmente realista. Apesar de todas as aventuras (boas e más) que vivem, mantêm-se juntos e a relação deles é recheada de momentos vivos e intenso, mas também com alguns obstáculos que são precisos ultrapassar. O início deste livro foi algo confuso. À primeira vista, parece haver um grande vazio entre os acontecimentos do final do primeiro volume até ao início deste segundo. Contudo, conforme vamos avançando na leitura, a autora começa a juntar as peças do puzzle e gradualmente se começa a responder às perguntas que, inicialmente, surgiram. A pesquisa histórica está muito completa nestes romances. Para quem quer conhecer o percurso histórico do século XVIII da Escócia, creio que irá apreciar estes romances. A ênfase na tramas políticas é grande e o livro é sempre cheio de movimento. Apesar da sua extensão, nunca me senti aborrecida durante a leitura e creio que isso é um factor fundamental quando se lê este tipo de livros, que têm mais de 600/700 páginas.Este segundo volume não fala apenas sobre a Escócia, no entanto. O livro divide-se entre a França, na corte do rei Luís XV e na Escócia/ Inglaterra. Apesar de isto parecer uma grande confusão de lugares e de circunstâncias muitíssimo diferentes, conforme os leitores vão avançando na leitura, nada é deixado ao acaso e a verdade é que esta autora consegue estruturar a história de uma forma organizada e clara. E apesar da informação apresentada ser muita, a autora vai-nos relembrando de aspectos importantes durante o livro, ajudando assim de forma útil a nossa memória. De facto, esta série está a revelar-se ser uma grande descoberta. Chegando ao final deste segundo volume, tenho que dizer que me encontro ansiosa para ler mais e saber mais. O final deste livro é propositado para manter os leitores com água na boca e por isso, é com grande entusiasmo que espero pela chegada da minha encomenda do Voyager, o terceiro livro desta série. Só me resta esperar que a editora Casa das Letras continue a publicação desta série, porque em termos de romances históricos acredito que faça parte dos melhores - pelo menos dentro das séries que eu conheço e que li. Estou muito agradada com estes livros e as expectativas, até agora, têm sido superadas. Espero que assim continue.