I, the booklover

bookaholic, that's my best description.
The Bad Beginning   - Brett Helquist, Lemony Snicket, Michael Kupperman Lemony Snicket's The Bad Beginning is a very funny book although brief. The writing is very funny and also unique and that's what makes this book so special. I have seen the movie that was inspired in these books and so I recognized the plot of the book. Since I loved the movie, it was obvious that I'd like the book as well and right now I'm curious about the rest of the series.
Meditação - A Primeira e Última Liberdade - Osho Já conhecia os ensinamentos de Osho por outros meios que não os livros que foram adaptados das suas palestras, mas quando encontrei este livro soube imediatamente que o tinha de comprar. Não só porque é uma temática que me interessa mas porque o livro não fala só de meditação. Aliás, este livro não é um guia prático de meditação e nem o pretende ser. Este livro é mais uma reflexão sobre como devemos encarar a nossa existência e a atitude que devemos ter para com o nosso dia-a-dia. E a partir daí, sim, a meditação. Este é um daqueles livros que não se pode ler apenas uma vez e se descarta para a lista de livros lidos. Apesar de ser um livro pequeno, levei o meu tempo com esta leitura porque tinha muito que absorver, apontar e muito que quis reler para poder apreciar a sabedoria de Osho. Mas tenho plena noção que irá ser um livro que nunca estará completamente lido. Por muito que tenha tido um efeito fantástico em mim, desta primeira vez que lhe peguei, sinto que será um companheiro para os anos futuros, um reminder de como podemos conciliar mente e corpo. Se ao início pensei que poderia ser um livro que não mudaria nada na forma como eu vejo as coisas ou como levo a minha vida, estava enganada. Melhor que tu, ainda não parei de aprender com este livro.
A Vidente de Sevenwaters  - Juliet Marillier, Catarina F. Almeida 3,5 starsA Vidente de Sevenwaters é o quinto livro desta saga tão conhecida da autora Juliet Marillier. Para quem não conhece, este é uma série que nos relata a vida da família de Sevenwaters, que está cada vez maior a cada livro que passa. Eles são uma família que remonta a tempos muito antigos e são os guardiões do território (por muitos tido como sagrado) que engloba as florestas de Sevenwaters. Os druidas são recorrentes nesta família e o dom da Visão é um dom que se pronuncia em vários membros da família, em intensidades diferentes. Sibeal sempre foi diferente desde pequena. Não só pela cor única dos seus olhos, mas pela forma como encarava o mundo exterior - com tranquilidade, serenidade e sempre foi uma criança muito silenciosa. O seu caminho foi traçado desde criança, quando a Dama da Floresta lhe ensinou os princípios básicos deste dom muito especial que ela encerra no seu espírito. Mas chegou a altura em que terá mesmo de pôr a sua vocação à prova. E então acaba por passar um verão em Inis Eala, antes de fazer o seu juramento de druidesa, onde as coisas não correm como esperadas.Esta autora, na qual me estreei apenas há uns meses, tem sido uma constante surpresa. Os livros dela têm sempre algo que me cativa de forma irremediável e esta saga, a primeira e única que li até agora, têm-me oferecido muitos e bons momentos de leitura. Apesar de a série ter sido estendida (era suposto ser apenas uma trilogia) a verdade é que os livros de Sevenwaters continuam a conquistar os seus fãs. Eu, pela minha parte, estava ansiosa para pôr as mãos em mais um livro da senhora. Sibeal é a protagonista deste livro e já nos tinha sido apresentada no volume anterior. Confesso que esta personagem me suscitava algum interesse, por se mostrar tão diferente de todos os outros. E por isso mesmo, esperava muito deste livro. Em termos gerais, é um típico livro de Juliet. Com uma escrita viciante, descritiva e com muitos cenários fantasiosos, não há nada neste prisma que possa desagradar. Li este livro num instante porque na verdade não o conseguia pousar. O mistério que se encontra presente neste enredo também ajuda a que o leitor não consiga desviar os olhos do livro. Considero que este livro nesse aspecto, foi bem mais misterioso que os seus restantes companheiros. Só mesmo na recta final é que se tem uma visão geral completa daquilo que no início parecia ser uma grande confusão de mistérios e coisas mal explicadas. Gostei do romance entre Sibeal e Felix, mas não foi daqueles que mais me entusiasmou. Tendo em conta isto tudo, parece-me estranho não ter gostado mais do livro. Na verdade, chegada às últimas páginas, fiquei um pouco desiludida porque não senti a mesma satisfação que senti ao acabar os outros livros dela. As últimas 50 páginas do livro inclusive aborreceram-me um pouco, talvez por achar demais toda aquela construção à volta da Ilha da Serpente. Não fiquei convencida e por mim, teria dado uma explicação diferente à existência da Svala. Quando um livro não consegue deixar-me com um sentimento de felicidade no final, é porque este poderia ter sido bem melhor do que se revelou ser. Existem vários factores para isto ter acontecido, um deles o timing da leitura. Não sei especificar, sei apenas que o final não me entusiasmou e as expectativas não foram superadas. Contudo, não é por isto que vou deixar de ler a autora. Muito pelo contrário. Esta autora que tem sido uma das relevações deste ano, vai continuar a figurar na minha lista de leituras por muito tempo. Segue-se para já a leitura do último volume da saga de Sevenwaters. aqui
Pretties  - Scott Westerfeld Este é o segundo volume da série Uglies do autor Scott Westerfeld que nos traz uma nova e melhorada Tally. Tally, que sempre quis ser Perfeita, consegue finalmente o seu desejo embora esta nova existência não seja exactamente o que ela esperava. As memórias de tempos passados assaltam-lhe o espírito e algo lhe diz que esta cidade tem algo de muito errado. Lá no fundo, ela já sabe o que isso é, mas é apenas quando recebe uma missiva de companheiros de tempos passados que se apercebe o que está em falta neste cenário. Afinal, ser Perfeita não é assim tão bom quanto ela esperava e agora Tally terá que fazer de tudo para se libertar deste fardo que é ser uma perfeita. Tinha achado o primeiro volume desta série agradável quanto baste. De facto foi uma leitura com altos e baixos, embora o final me tenha deixado ansiosa para saber o que viria a seguir. O que mais apreciei na série foi o universo que o autor aqui construiu. Um mundo onde a beleza e a perfeição é o mote que faz mover a sociedade, onde todos os habitantes são condicionados para entrarem dentro de certos parâmetros de beleza, este foi desde o início um mundo que me fascinou. Não é segredo algum que a nossa sociedade dá uma importância revoltante às aparências exteriores e confesso que esta é uma temática que me interessa. Achei de facto maravilhoso a originalidade do autor, a forma como estruturou esta dicotomia entre Imperfeitos e Perfeitos. Com esta ficcionalização da beleza, o autor consegue trazer à luz muitas verdades sobre a nossa realidade. A importância que os nossos adolescentes (e não só) dão à sua beleza física é algo preocupante. Apesar de todos nós reconhecermos e dizermos que não são as aparências exteriores que contam, não há nada que mude esta realidade, pois a verdade é que as aparências e a tal "perfeição" continua a pesar muito. O autor foi bem sucedido em deixar-me a pensar em todos estes aspectos relativos ao conceito da beleza (muito em semelhança ao que me aconteceu no primeiro volume). Em termos de evolução da história, posso dizer que gostei bastante de alguns desenvolvimentos, especialmente daqueles que estão relacionados com o pré-sociedade bela, por assim dizer. Gostei que o autor tivesse dado uma ideia de como esta sociedade veio a ser e adorei que ele nos mostrasse essa realidade. Mas, este volume também teve as suas partes negativas. O autor teve um discurso muito repetitivo e isso testou-me a paciência. A ponto de começar a contar quantas vezes ele usava a mesma palavra no mesmo capítulo. Isto fez com que a leitura se tornasse um pouco aborrecida, por vezes. Em termos de personagens, houve novidades e todas elas me agradaram, especialmente o Zane. Sinceramente, o David e a Maddy desiludiram-me neste volume, apesar de ter gostado bastante deles no primeiro livro. Já Tally, achei que a evolução dela foi positiva, apesar de (obviamente) ter os seus momentos de adolescente irritantes. Em suma, foi um livro muito semelhante ao primeiro. Uma leitura agradável quanto baste, mas que não obstante, nos deixa sempre interessados naquilo que virá a seguir. O autor acaba sempre os seus livros de uma forma a que é impossível resistir. Por isso, não é com nenhuma surpresa que me sinto bastante curiosa para ler o terceiro volume desta série, que promete mais emoções. aqui
A Tormenta de Espadas (As Crónicas de Gelo e Fogo, #5) - Jorge Candeias, George R.R. Martin Os conflitos continuam a grassar nos Sete Reinos e a luta pela conquista do Trono de Ferro está mais acesa que nunca. Esta primeira metade do terceiro volume das Crónicas de Gelo e de Fogo. Em termos cronológicos, os acontecimentos deste livro estão a par do livro anterior e por isso não se pode dizer que mudou muito neste volume. Pode dizer-se sim que o nível de acção e as emoções começam a aumentar de intensidade. Esta leitura não foi para mim muito fácil. Não tem que ver com o livro (que acabou por se revelar tão bom quantos os anteriores) mas tem mais que ver comigo. Comecei muito entusiasmada a leitura deste livro, mas depois sem saber muito bem como, meteram-se à frente uns livros da biblioteca que tinha de entregar e este foi posto de lado durante uns tempos. Até aqui, tudo bem. Mas quando voltei a pegar no livro - apesar de continuar ansiosa para ler - já não foi a mesma, já não estava com a mesma ânsia, com a mesma sofreguidão. Até ao ponto em que cheguei a recear não ter vontade de lhe pegar novamente. O livro que até nos traz desenvolvimentos interessantes (para dizer o mínimo) e que tem um nível de acção estonteante, não podia de maneira nenhuma não gostar desta leitura. A questão é que existe um timing para tudo. Felizmente, o meu entusiasmo acabou por voltar e lá fui aos poucos lendo esta aventura. Nesta primeira metade do terceiro não há mesmo tempo para parar e pensar no que está a acontecer.As coisas simplesmente acontecem a uma velocidade verdadeiramente vertiginosa. Por vezes até me senti confusa com as tramas políticas que são cada vez mais intrincadas e complicadas de destrinçar. Confesso que alguns capítulos foram mais cativantes que outros por razões muito pessoais. Os pontos de vista dos meus personagens favoritos - até ao momento - são sempre aqueles que mais aprecio e por isso, leio esses capítulos com mais ânsia. Todos vocês já estão fartos de o saber, mas a mim ainda me fascina o facto do autor ter criado um universo tão... completo. Rico, complexo. Cheio de tramas e mais pequenas tramas. Tanta variedade, tanta riqueza cultural que os livros de Martin oferecem aos seus leitores. É impossível não se deixar conquistar pelas descrições do autor, por este universo cruel mas também belo. O meu objectivo inicial seria ler já de seguida a outra metade que dá por concluído o terceiro volume da saga, mas como tal não irá ser possível de momento, vou ter que esperar mais um pouco para ler o sexto volume, A Glória dos Traidores. Por essa mesma razão, não me queria alongar em julgamentos precipitados sem ler o livro na sua totalidade. Se já tive várias surpresas neste livro, nem quero imaginar o que se segue. Estou verdadeiramente aos pulos para ler o próximo episódio desta Crónicas de Gelo e Fogo. aqui
A Virgem Cigana - Santa Montefiore 3,5 starsEste é o segundo romance da autora Santa Montefiore que leio, sendo que o primeiro foi A Árvore dos Segredos. As expectativas estavam elevadas, devido à estreia fabulosa que tive com ela e por isso estava bastante entusiasmada com este A Virgem Cigana. Este romance conta-nos a história de Mischa e da sua mãe, Anouk que vivem num chateaux em França, ostracizados pela população local, pois Mischa é filho de um alemão. Mischa e a mãe são tratados como traidores pelos habitantes da comunidade e têm uma existência muito complicada e bem exigente. Até que Coyote, um americano, chega à aldeia e muda a vida tanto de Mischa como de Anouk. A música e o amor entra nos seus corações e Coyote é o motor de mudança toda, apesar de todo o mistério e desconfiança que o segue como uma sombra. Há algo de Coyote que ninguém consegue alcançar, nem aqueles que ele diz amar. E essa sombra torna-se notória quando este deixa Mischa e Anouk sem qualquer espécie de aviso. Mischa, que idolatrava Coyote, acaba por crescer com a ideia que foi abandonado sem razão aparente e a raiva entra no seu espírito para dominar toda a sua vida. Quando a mãe morre, deixa para trás uma série de perguntas às quais Mischa vai tentar responder com uma visita emotiva aos fantasmas do passado.A escrita de Santa Montefiore foi algo que me agradou muito no livro anterior e este A Virgem Cigana não foi nenhuma excepção. A forma como ela descreve os cenários é muito apelativa e é impossível não nos deixarmos encantar pelas imagens que ela traz à nossa imaginação. As suas histórias puxam sempre um pouco pelo lado mais emotivo do leitor e isso também ajuda a criar uma ligação especial às jornadas destes personagens fictícios. Este livro passa por vários países - França, Estados Unidos da América e Chile. Para mim, que gosto de ler sobre sítios onde nunca estive, foi um achado. Adorei tentar colocar-me no lugar dos personagens e tentar imaginar as paisagens que a autora pintou para mim. A infância de Mischa foi a parte do livro que mais me emocionou, por razões óbvias. A crueldade está bem presente e é algo muito forte ver como é que os outros habitantes tratam esta criança inocente. Por isso mesmo, senti um orgulho imenso quando Mischa conseguiu ultrapassar os seus traumas. A parte contemporânea, apesar de me ter cativado por causa do mistério que envolveu a vida de Coyote, não teve o mesmo impacto em mim. Tenho que confessar, contudo, que existiram certos pormenores mais para o final desta leitura que me surpreenderam e que foram os responsáveis por manter o meu interesse até ao final. Fiquei apenas um pouco desiludida com a parte romântica. Se não fosse isso, esta leitura tinha-se revelado ser uma bastante interessante em vários aspectos. No entanto, esta escolha da autora em termos românticos foi uma que não me convenceu na totalidade e soube-me a pouco, tendo em conta o resto do livro. Concluindo, foi uma leitura que teve óptimos momentos e outros que ficaram aquém das expectativas. Gostava de ter visto mais desenvolvimento no romance propriamente dito e creio que isso não permitiu no final recordar-me deste livro de uma forma mais intensa ou mais querida. Quero, apesar isso, ler mais livros da autora. aqui
The Undomestic Goddess - Sophie Kinsella This book is way too funny. I loved Samantha, seriously. She's completely hilarious and Nathaniel... I want one of those, is he for sale? All chick-lit should be like this book. Sophie Kinsella really surprised with this book and the last one I read which is I've Got Your Number. But although this reading was enjoyable I prefer the plot from the book I've Got Your Number... it really clicked.
A Rapariga de Papel - Guillaume Musso Eu sou uma fã confessa do autor contemporâneo francês, Guillaume Musso. Desde o primeiro livro que li dele, já há alguns aninhos atrás, que ele me conquistou com as palavras mágicas com que ele constrói os seus romances. Os livros dele têm sempre algo diferente que os distingue de outros que andam por aí. Seja o supernatural, a forma como o autor constrói enredos e vidas inteiras à volta do Destino e do acaso, desde o primeiro livro que li que sinto esta diferença, este algo especial nas suas obras. Por isso mesmo é que este autor se encontra na lista dos meus favoritos e tenho lido os livros dele à medida que saem cá em Portugal (infelizmente ainda não consigo ler francês fluentemente). A história deste livro não foge à norma das outras obras do autor. O enredo começa com uma situação que desencadeia pequenos acontecimentos que à partida parecem não ter ligação mas estão todos interligados. O destino, o acaso estão sempre presentes nas vidas destes personagens e é sempre fantástico o leitor aperceber-se que um simples acto, como deitar um livro no lixo, pode modificar de forma brutal a nossa vida. É o tal efeito borboleta, que o autor sempre soube ilustrar magnificamente nos seus livros. Neste livro, o escritor Tom Boyd encontra-se num estado depressivo devido a problemas amorosos e isso fá-lo entrar numa espiral de auto-destruição, o que leva a que não consiga escrever mais. Os amigos dele, que sempre o acompanharam desde a adolescência difícil, tentam ajudá-lo mas Tom simplesmente recusa-se a ser ajudado. E no entanto, Billie (uma personagem fictícia que ele próprio criou) entra na sua vida. A Rapariga de Papel, como acaba por ser conhecida, vem mudar a vida do escritor e obriga-o a encarar os seus problemas. E assim nasce uma história de amor, com contornos muito belos. A linha entre a ficção e a realidade esbate-se e unem-se. Uma história belíssima e curiosamente original, este foi um livro que me agarrou logo aos primeiros capítulos. Muitas vezes digo, a brincar, que gostaria de casar com a imaginação de Guillaume Musso e a verdade é que, a cada livro novo que leio dele, fico maravilhada com dita imaginação. Este autor é muitíssimo original e as suas histórias são sempre mágicas, mas ao mesmo tempo bem reais. Têm uma dimensão humana forte, parte que aprecio muito também. A escrita dele, está mais que provado (a mim pelo menos) que é maravilhosa e deliciosa. Sei que quando pego num livro deste autor, é praticamente impossível que me venha a desiludir. É como voltar a casa. Este livro revelou-se fantástico também por ser um livro sobre livros. Adoro ler livros sobre livros, dá-me a sensação que estou a ter um momento de Inception. E a forma como o autor construiu esta história apaixonou-me. Chegando às últimas páginas, o autor arriscou com o final. Posso dizer que este pode ser considerado o final mais "seguro", pelo que poderá não agradar a todos os leitores. Contudo, a mim satisfez-me pela simples razão de que é mais real e é possível ligar-me mais a este final. Senti que isto podia provavelmente acontecer noutra realidade, mas no mundo real mesmo assim. E é um final que permite que o leitor faça deste livro, mais seu. Foi o que eu fiz, pois este vai ser um livro que me deixou uma marca feliz na memória. aqui
O Medo do Homem Sábio (A Crónica do Regicida, Livro 2 - Parte 2) - Patrick Rothfuss, Renato Carreira Depois de ter lido a primeira parte daquele que é o segundo volume das Crónicas do Regicida, decidi pegar na segunda metade logo de imediato, para não deixar a leitura do livro pendurada. Confesso que embora tenha gostado da primeira parte, o livro acabou por me desiludir um pouco, tendo em conta a maravilha que encontrei no livro O Nome do Vento. Não sei se isto foi consequência das expectativas elevadas que tinha para a leitura do segundo volume, mas a verdade é que apesar de ter sido uma leitura fantástica, não foi maravilhosa, nem perfeita. Contudo, as minhas esperanças estavam reservadas para esta segunda metade. Se as metades se juntassem num único volume, este contaria com mais de 1300 páginas e por isso achei (e bem) que esta segunda parte trouxesse não só mais movimento e dinamismo à narrativa, mas também mais fantasia, que esteve incrivelmente ausente da primeira parte. E foi isso exactamente que acabou por acontecer.A primeira metade, que acaba de forma algo abrupta - por razões óbvias - não dá para revelar ao leitor o retrato na totalidade. É por isso que considero muito importante, que quando os livros estejam divididos, que se leiam as metades de seguida. Isto porque estamos na verdade a ler um livro. Não faz sentido ler metades e ficar a meio de uma história. Acabamos por ter apenas metade da perspectiva, metade dos factos, metade das suspeitas. Enfim, metade de tudo. E não é esse o objectivo dos autores quando escrevem os livros. Contudo, as editoras que têm as suas próprias estratégias, e neste domínio são elas que mandam e os leitores acabam por ir lendo um livro aos bochechos. Não que neste caso esteja contra a medida, mas então no mínimo, que possamos ler as metades de seguida para que não percamos o fio à meada. Neste livro em particular é notória a diferença entre as duas metades. A primeira lenta, com uma narrativa muito vagarosa e que não avança de forma particular no enredo pode tornar-se aborrecida para os leitores mais impacientes. A segunda pelo contrário, acaba por contrariar o cenário da primeira. Na verdade, quase que são pólos opostos. Se na primeira pensei algumas vezes "bolas, isto nunca mais anda", nesta pensei "ALERTA: excesso de informação". Por isso mesmo e pensando nestas duas metades como um todo, é-me difícil apresentar uma opinião decidida. Não gostei particularmente da mudança abrupta de tom e creio que o autor teria ganho mais em ter feito uma mudança de ritmo mais gradual, mais ponderada e pensada. Acabei por me sentir como um peixe fora de água, ora lento lentinho e quase parado, ora um bombardear de pequenas bombas nucleares que me obrigavam a parar por momentos para processar todas as novas informações. Talvez não ajude a que neste volume sejam inseridos muitos elementos novos ao leitor e novos ao mundo. Para além das novas personagens, Tempi e os restantes mercenários que acompanham Kvothe, temos Felurian e todo o universo Faen, que embora rico e descrito de uma forma belíssima pelo autor, não deixou de ter muitos pormenores. Acabei por sentir que era demasiada informação para apenas uma só metade. Por outro lado, também temos a cultura dos adem que à semelhança do universo dos Fae, foi introduzido nesta segunda parte e foi também pesada em termos de informação. Não deixou de ser interessante acompanhar o Kvothe pelas suas jornadas e por todas as suas novas experiências, mas confesso que senti a cabeça à roda apenas com o nível de pequenos detalhes que o autor introduziu de forma muito rápida.Kvothe, contudo, cresceu e teve uma evolução muito grande neste segundo volume. Agora que deixou de estar protegido e limitado pelas ruas da Comunidade e pelos livros da Universidade, ele acaba por se aperceber da verdadeira natureza do mundo real. Todo o seu interlúdio com Felurian e outras que tais, enfim, considero que tenha sido importante na sua evolução como homem, mas retirou-me um pouco de interesse na leitura. Foram partes que facilmente veria serem passadas à frente. O grande ponto forte deste livro foram os últimos dois/três capítulos. O autor acabou por me tirar o tapete debaixo dos pés quando me mostrou um lado de Bast que me deixa incrivelmente ansiosa para saber como é que esta trilogia irá acabar. Bast, personagem que anseio conhecer melhor desde o início acabou por me surpreender a meras páginas do final e deixa-me sem palavras. Também Kvothe o fez de uma forma mais subtil. E assim se deixa uma leitora no desespero, a clamar por 2014 e pela publicação do terceiro e último livro desta trilogia que nos conta, em primeira mão, as aventuras e desventuras de Kvothe. Vale a pena ler.
I've Got Your Number - Sophie Kinsella This book is so wonderful. I felt instantly happy when I finished it. It has everything it needs: laughter, positive energy and lots of love.Portuguese review here.
O Medo do Homem Sábio (A Crónica do Regicida, Livro 2 - Parte 1) - Patrick Rothfuss,  Renato Carreira O Medo do Homem Sábio - Parte I é a primeira metade do segundo volume que integra a trilogia Crónicas do Regicida. O livro foi dividido em duas partes devido à sua extensão que mete respeito. Juntando as duas partes, este segundo volume conta com 1387 páginas, o que não é pouco. Tenho que concordar com esta decisão, embora normalmente abomine estas divisões por achar que não faz sentido dividir ao meio uma obra que é suposto ser lida como apenas uma. Mas estes livros são enormes, pesados... não são propriamente fáceis de transportar, por isso a divisão é uma decisão estratégica ajuizada, a meu ver.E falando sobre o livro propriamente dito, depois daquela que foi uma estreia maravilhosa com o livro O Nome do Vento, as minhas expectativas não se podiam encontrar mais elevadas. Ansiava verdadeiramente para conhecer melhor esta personagem misteriosa e tão complexa que é Kvothe, homem de muitas caras. Mas não ansiava apenas conhecer mais dele, mas sim de todos aqueles que o rodeiam nas suas aventuras.A estrutura do livro continua igual - vamos tendo flashbacks sucessivos da vida de Kvothe e o Cronista vai apontando o relato com uma dedicação e entusiasmo sem igual. A escrita do autor continua igualmente cativante. Havia dito no primeiro volume que o autor escreve de uma forma maravilhosa, com várias histórias entrelaçadas noutras e a forma como o faz é tão intuitiva que é impossível não nos sentirmos bem-vindos a este universo fantástico. Contudo, apesar de na minha opinião a escrita do autor continuar ao mesmo nível, a narrativa foi um pouco mais lenta e não tão dinâmica. A história demorou a avançar e tendo em conta que isto foi apenas a primeira parte, senti-me por vezes receosa que o livro não ganhasse ritmo.Felizmente, tal não aconteceu e o enredo ganhou ânimo do meio para a frente, o que ajudou a uma leitura bem mais rápida, feita com muito mais entusiasmo.Nesta primeira parte do livro a fantasia a que tivemos direito ver no primeiro volume foi neste inexistente. O autor concentrou-se mais na educação do nosso herói e também mais no romance do que propriamente na acção ou mesmo mistério. Digamos que esta parte pode ser considerada como sendo a construção dos pilares da história. Veio preparar as bases e a partir de agora poderemos ver mais movimento e mais acção (suponho eu).O que mais gostei neste volume foi tudo o que teve que ver com a aprendizagem de Kvothe na Universidade, adoro aquele espaço, a forma como o autor o construiu e não me importava de visitar um Arquivo como este que existe na Comunidade. Parece o sítio perfeito para me perder por dias, semanas, anos.Embora esta primeira metade não se tenha revelado tão perfeita como estava à espera, adorei a oportunidade de continuar a seguir as memórias de Kvothe e é exactamente por isso que se segue a leitura da segunda metade, para não perder a embalagem.Kvothe e companhia prometem ainda muitas emoções e expectativas elevadas à parte, foi uma leitura que me agradou por me mostrar como é belo o mundo das histórias.
Heart of Obsidian (Psy-Changeling, #12) - Nalini Singh This book was A-MAZ-ING. I can't believe how amazing this books is. It broke my heart several times but it also mended it every time. I honestly can't start to write a review about this story, I feel like there aren't enough words to explain all I felt while reading Heart of Obsidian. I am so in love with everything in this book. You belong to me. I'll never walk away from you. I'm glad you're mine. I won't ever let you go.
Deep Kiss of Winter (Includes: Immortals After Dark, #7; Alien Huntress, #5) - Kresley Cole, Gena Showalter Untouchable, Kresley Cole - 4 stars I loved this story. I have been waiting so long to read about Murdoch. His and Danii's love story was so amazing and so original. Kresley Cole has an amazing imagination and that is noticeable in all her IAD books. I am in love with this world. It was also good to read about events that took place in the beginning of the series. This author cannot disappoint me. After this short-story, I've gotta say I'm excited to finally get to read Lucia and Garreth's book. One would think that they would've reached an understanding by now but I guess now is the right time for them. They are 6 books late. Tempt Me Eternally, Gena Showalter - 3,5 starsThis short-story was cute, yes, but since I haven't read anything of this series I have to say that it didn't quite worked for me. I thought it was interesting mostly because of the world-building but I felt lacking because I think I would have liked this story better if I already knew about this world. In the end I felt kinda - meh.
One Sweet Ride (Play by Play, #6) - Jaci Burton Another good story by Jaci Burton. This series is so very good. Especially when I'm in the mood to read something different. I don't think I've ever been captivated by a erotica series that much until I met Jaci's books. I like her characters and I like that she doesn't just focus on the sex part of the books. I like her plots, the barriers that the relationships have and the way characters overcome said barriers. Her stories are interesting and they are perfect light readings. For me, these Play by Play books are wonderful to take your mind off your problems and read about someone else's. *laughs*But yes, they are. I like 'em a lot. I was very curious to read about Gray since he has a difficult relationship with his dad and I've gotta say that the book was interesting in that regard but concerning Gray and Evelyn's relationship I liked it; it was sweet but somehow I was expecting more (that last part, the argument - meh). The author was very mean - I mean, Carolina and Drew! - that's got to be an amazing story! I need to read that book so badly. Oh guess I'll have to wait for 2014. *cries*
O Diabo dos Anjos - L.C. Lavado Ingredientes: acção, mistério, romance e muitas emoções. Uma escrita fluída e muito agradável que nos vai conquistando capítulo a capítulo. Uma história que fala sobre o bem, o mal, sobre o amor, amizade, ódio. Enfim uma leitura que nos mostra um outro tipo de universo fantástico. Gostei!
Uglies (Uglies, #1) - Scott Westerfeld Este volume marca o início de uma série intitulada Uglies que nos fala sobre uma sociedade que está dividida por pessoas imperfeitas e por aquelas que são perfeitas. Cada criança, aos 16 anos, é sujeita a uma operação que os muda fisicamente e os torna concordantes com aquelas que são reconhecidas como directivas de beleza. O conceito de belo é estipulado por um comité que acaba por ser responsável pelas operações que se fazem a estes adolescentes a partir dos 16 anos. O mundo dos belos e dos perfeitos é um mundo que torce pela igualdade em todos os aspectos, mesmo na conformidade física entre eles. A genética é algo que deixa de controlar o ser-humano.Mas o que é ser belo? O que é ser perfeito? Significa termos feições simétricas? Não será o conceito de belo algo relativo e mutável? Será a beleza algo exterior apenas não tendo em conta o que está por detrás de toda a aparência exterior? Será que ser belo significa não conseguirmos pensar por nós próprios, que temos de encaixar em certos parâmetros? Confesso que estava muito curiosa para conhecer não só esta série mas também este autor, por já ter lido tantas opiniões positivas dos livros dele. Este livro até ganhou alguns prémios pelo que esperava algo extraordinário daqui. Embora tenha verdadeiramente gostado do mundo que o autor aqui nos apresenta, acho que ficou a faltar qualquer coisa ao livro. Foi uma leitura agradável quanto baste, mas não foi o suficiente para me deslumbrar. O ponto mais forte deste livro é mesmo o universo. Um mundo em que apenas somos alguém quando somos perfeitos é um mundo assustador. Ao longo desta leitura, perturbou-me a veracidade desta afirmação e o facto de podermos descrever a nossa sociedade desta maneira, pelo menos até certo ponto. Fez-me verdadeiramente ponderar a importância que hoje em dia se dá às aparências. Cada vez mais na verdade. Embora possamos dizer que a beleza vem do interior (e vem) também sabemos que o exterior tem um certo apelo para todos os nós e não é possível dissociar-mo-nos disso. É totalmente inegável, seja em que ambiente for. Acho que o autor colocou a nu muitas verdades sobre a nossa sociedade, sobre a pressão que é posta nas pessoas para serem lindas e perfeitas e para encaixarem num molde típico de beleza. A ler este livro senti esse sentimento de sufoco, de tentar pertencer, de ser. O livro está poderoso nesse aspecto e como disse e volto a repetir, é a melhor neste volume.Por outro, as personagens foram uma desilusão. A Tally desiludiu-me várias vezes como protagonista, sinceramente. Logo à partida pareceu-me muito fraca e com uma personalidade muito fútil e embora o desenvolvimento durante o livro tenha sido notório (até acabando por me surpreender no último capítulo) ela não seria a minha escolha para melhor protagonista. De facto, não existiu nenhuma personagem que me tenha saltado à vista. O único que pode ser considerado o melhor do lote é o David e mesmo assim, muito pouco gostei daquela atitude de rapaz indeciso entre duas raparigas, a tentar fazer um-do-li-tá. A escrita é agradável o quanto baste, mas devo dizer que não foi uma narrativa que me tivesse tirado do sério. Apontei uma frase, que achei que condensa este livro na perfeição, mas não posso dizer que o livro tenha convidado a uma leitura compulsiva. Foi antes uma leitura fluída mas com alguns momentos de aborrecimento. O último capítulo foi realmente surpreendente e aquilo que mais me inclina para continuar a série. Sei que este mundo ainda tem várias coisas para mostrar e não posso deixar de me mostrar curiosa com o futuro, mas também sei que esperava mais. "What you do, the way you think, makes you beautiful."~ Scott Westerfeldaqui

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Mil Sóis Resplandecentes
Manuela Madureira, Khaled Hosseini